4 de maio de 2009

Assim...

...acho que devia haver um certo tipo de cláusula em qualquer relacionamento que proibisse despedidas aos domingos. 

24 de abril de 2009

My name is Mariana, and i'm a _____holic


Começou aos poucos, mas vício que é vício chega de mansinho pra você não perceber que é vício. Fui encontrando pessoas pra me acompanhar nele e até me incentivar nesse mau caminho. Quis negar, fugir às advertências de que não me faria bem, de que ia me consumir, mas hoje as crises de abstinência são inegáveis. 


Não dá pra parar, não consigo. E cada vez surgem mais e mais substâncias novas que me levam a querer conhecer, me sinto num limbo, numa bolha quando me falta. É uma loucura, uma obsessão. Tenho dores terríveis e distribuídas pelo corpo quando estou usando, mas sem, a depressão é certa e as dores são outras. 


Mudei minha vida, não posso culpar o vício, mas novos hábitos têm me consumido. Meu vocabulário mudou, agora eu twitto, sou blogueira, adoro o "conceito" de FAIL, me horrorizo com os flash mobs, rio (moderadamente) do TENSO, sei o que é e de vez em quando freqüento o skoob. Despendo horas da minha vida lendo idéias de pessoas cujos nomes não sei, assistindo e admirando vídeos e fotos de anônimos e fazendo “melores” amigos que eu nunca vi e, talvez, nunca vou ver. Alucinada, não sei quando parar e a cada novo link, um bando de delírios se revela, um enorme mundo pop que amo ver, consumir, ler, imaginar, rir, ser parte. 


Reabilitação: FAIL


16 de abril de 2009

Veja bem, meu bem


Nunca fui de sentir saudade. Sentir, sentir mesmo. Parece que eu não sei sentir saudade. Ou não sabia. Às vezes até me perguntava como as pessoas sentiam, se havia alguma coisa, talvez um outro sentimento (só tristeza?) acoplado pra atestar que aquilo que se sente é saudade.

 

Quando me mudei de Varginha, voltava nos feriados e ficava extremamente feliz de reencontrar aquele meu mundo de lá. Mas eu queria entender minha saudade, que eu sabia existir, mas não sentia direito. Até uma vez disse a um amigo que a saudade que eu sinto aparece toda naquele primeiro segundo do reencontro, quando abro um sorriso e recordo a felicidade de tal companhia. Nem me lembro pra quem foi que eu disse, mas sei que fui incompreendida, talvez minha idéia de saudade fosse única.

 

Acho que nesse tempo eu tinha dois mundos bem estruturados que, de alguma forma, me faziam fugir um pouco da saudade convencional, aquela que incomoda a cada segundo do dia e que chega a doer num aperto em algum lugar, no nó da garganta, numa respiração difícil de fluir, no corpo todo que não quer saber de nada. Já tinha sentido essa maldita, mas num momento com prazo de validade, em que eu sabia que o tempo ia passar e logo eu teria toda minha vida de volta e inteira pra mim. Mas agora não tem fim. É uma saudade eterna.

 

Porque nunca dá tempo de matar. Porque a saudade que eu tenho é de um tempo que já acabou, sem volta. Porque não tem plano que possa ser feito com a certeza de que vá ser cumprido. Porque as pessoas tomam rumos distintos e são outras de repente. Porque sempre falta um pedacinho de mim.

25 de março de 2009

Antes tarde do que nunca

Ligeiramente, completamente para o mundo pós-moderno, mas nem tão atrasada, quis falar do show Radiohead/Kraftwerk/Los Hermanos. 

Porque quem não foi, perdeu. Que show foi esse? É fato que grande parte das pessoas pra quem eu contava que ia me pediam pra cantar uma música da tal banda e eu fazia minha melhor performance com um pedacinho de “Fake Plastic Trees” e, então, não deve estar achando que perdeu coisa nenhuma. Mas eu insisto que perdeu. Mesmo que a luz alucinante, o efeito das câmeras certeiro ou um pedacinho conhecido de algum single. Ou então a diversão de ver robôs no palco do Kraftwerk. Ou até mesmo ouvir “Último Romance” vendo o Amarante fofíssimo e, ainda, ao lado de um namorado romântico. Enfim, são desses momentos e energias que não se pode passar sem. 


Pra quem se interessar, vou passar o link da entrevista que o Thom Yorke e o Ed O’Brien deram pro chato do Edgard no Multishow. É curtinha, mas ele falando do seu “nasty body” é um charme creep. E quem ainda insiste em não conhecer, ouça o "In Rainbows", por favor.

6 de março de 2009

Hi, stranger! Ou um post quase non-sense.




Se alguém me dissesse que você pode passar 5 anos bem junto de uma pessoa e não conhecer partes essenciais de quem ela é, eu diria: “tá brincando, né?”. Talvez eu tivesse dito isso há alguns anos, mas temo afirmar que agora eu acredito em qualquer coisa que me digam que envolvam comportamentos. Especialmente quando potencializados por supra-citados 5 anos. Pode ser que a pessoa que você conheceu e fez entrar na sua vida não exista mais, já que (considerando que isso realmente exista) as pessoas mudam.

Mas você imaginaria que quase ano ou muitos meses ou ainda vários anos depois os envolvidos tenham tomado rumos distintos, “cada um com seu cada um” e superado o que quer que seja que acabou em termos amigáveis. Não. Pode ser que não apenas uma das partes não tenha superado coisa nenhuma e decida seguir a outra parte por onde quer que ela esteja como ainda culpe essa outra parte eternamente por sua infelicidade. Pode ser que o stalker fique ali, sem que a pessoa nunca chegue a desconfiar ou sentir sua presença, só na iminência da possibilidade de um sorriso. Que nem seja seu.

Em alguns momentos fico na beira de querer acreditar na alegria de viver que seria a possibilidade de apagar pessoas da mente, da história. Um “brilho eterno”, a liberdade de não se prender a nada e não dever sua existência a ninguém. Principalmente se essa for uma existência sugada pela prisão do que poderia ter sido. E do que foi. Ou do que foi e oh, quantas coisas, quantas vidas poderia ter sido!. Também daquela grande possibilidade de não mais ser coadjuvante.

Mas ah, que graça teria? Desde que a perseguição não represente a possibilidade de um crime, tá bom. Ainda não consegui ver alguma boa solução pra esquecer um grande amor. Ou algo menos dramático que isso.

19 de fevereiro de 2009

Suri rules!


Tinha vontade de criar um blog, mas não sabia do que falar. Pensando em como fazer, o que dizer e como, uma idéia que tive e que combinava comigo era juntar num lugar fotos com a Suri e comentar, porque sou fascinada com a natureza
star de uma das crianças mais fofas que eu já vi, senão a mais. Acho meio louca essa super exposição e imagino que ela tem um potencial pra destrambelhar quando crescer, mas tudo bem.

Não que fosse uma das grandes, mas é claro que, como várias grandes idéias que a gente tem, essa já tinha dona, que fica aqui ó: http://babysuri.wordpress.com/.

E a vontade não passou, então pelo menos um post ela merece.



Não merece?


25 de janeiro de 2009

Porque todo mundo tem que ver


Só porque ninguém deve ficar sem ver esse filme. Ninguém. E só.

Sei lá se as 13 indicações vêm pra confirmar isso, é possível que sim, mas mesmo sem saber o que viria desde o trailler não consegui parar de pensar. E comento dele porque, pra mim, mesmo com a tristeza em volta e mesmo com quase 3h horas de duração, foi um filme de assistir sorrindo e de nem ver passar e de querer prolongar um pouquinho mais. Seja pela beleza de tudo, pela doçura ou pela efervescência que causa em você (ou em mim, pelo menos).

Talvez eu tenha esperado tanto tempo tempo pra conhecer a história de quase 90 anos pra que ela viesse com a magnitude que o cin
ema conseguiu.

Update:
Descobri, tardiamente para esse post, mas como já imaginava, que a história original não tem muito a ver com o filme. Aliás, quase nada a ver, só "roubaram" o personagem e a idéia central, de nascer velho e morrer bebê. Isso me deu mais vontade de ler o conto que, dizem, é super engraçado, especialmente porque, ao contrário do filme, ele nasce com cabeça e pensamentos de velho. Então são duas histórias diferentes e eu preciso conhecer a outra.