25 de março de 2009

Antes tarde do que nunca

Ligeiramente, completamente para o mundo pós-moderno, mas nem tão atrasada, quis falar do show Radiohead/Kraftwerk/Los Hermanos. 

Porque quem não foi, perdeu. Que show foi esse? É fato que grande parte das pessoas pra quem eu contava que ia me pediam pra cantar uma música da tal banda e eu fazia minha melhor performance com um pedacinho de “Fake Plastic Trees” e, então, não deve estar achando que perdeu coisa nenhuma. Mas eu insisto que perdeu. Mesmo que a luz alucinante, o efeito das câmeras certeiro ou um pedacinho conhecido de algum single. Ou então a diversão de ver robôs no palco do Kraftwerk. Ou até mesmo ouvir “Último Romance” vendo o Amarante fofíssimo e, ainda, ao lado de um namorado romântico. Enfim, são desses momentos e energias que não se pode passar sem. 


Pra quem se interessar, vou passar o link da entrevista que o Thom Yorke e o Ed O’Brien deram pro chato do Edgard no Multishow. É curtinha, mas ele falando do seu “nasty body” é um charme creep. E quem ainda insiste em não conhecer, ouça o "In Rainbows", por favor.

6 de março de 2009

Hi, stranger! Ou um post quase non-sense.




Se alguém me dissesse que você pode passar 5 anos bem junto de uma pessoa e não conhecer partes essenciais de quem ela é, eu diria: “tá brincando, né?”. Talvez eu tivesse dito isso há alguns anos, mas temo afirmar que agora eu acredito em qualquer coisa que me digam que envolvam comportamentos. Especialmente quando potencializados por supra-citados 5 anos. Pode ser que a pessoa que você conheceu e fez entrar na sua vida não exista mais, já que (considerando que isso realmente exista) as pessoas mudam.

Mas você imaginaria que quase ano ou muitos meses ou ainda vários anos depois os envolvidos tenham tomado rumos distintos, “cada um com seu cada um” e superado o que quer que seja que acabou em termos amigáveis. Não. Pode ser que não apenas uma das partes não tenha superado coisa nenhuma e decida seguir a outra parte por onde quer que ela esteja como ainda culpe essa outra parte eternamente por sua infelicidade. Pode ser que o stalker fique ali, sem que a pessoa nunca chegue a desconfiar ou sentir sua presença, só na iminência da possibilidade de um sorriso. Que nem seja seu.

Em alguns momentos fico na beira de querer acreditar na alegria de viver que seria a possibilidade de apagar pessoas da mente, da história. Um “brilho eterno”, a liberdade de não se prender a nada e não dever sua existência a ninguém. Principalmente se essa for uma existência sugada pela prisão do que poderia ter sido. E do que foi. Ou do que foi e oh, quantas coisas, quantas vidas poderia ter sido!. Também daquela grande possibilidade de não mais ser coadjuvante.

Mas ah, que graça teria? Desde que a perseguição não represente a possibilidade de um crime, tá bom. Ainda não consegui ver alguma boa solução pra esquecer um grande amor. Ou algo menos dramático que isso.