25 de janeiro de 2009

Porque todo mundo tem que ver


Só porque ninguém deve ficar sem ver esse filme. Ninguém. E só.

Sei lá se as 13 indicações vêm pra confirmar isso, é possível que sim, mas mesmo sem saber o que viria desde o trailler não consegui parar de pensar. E comento dele porque, pra mim, mesmo com a tristeza em volta e mesmo com quase 3h horas de duração, foi um filme de assistir sorrindo e de nem ver passar e de querer prolongar um pouquinho mais. Seja pela beleza de tudo, pela doçura ou pela efervescência que causa em você (ou em mim, pelo menos).

Talvez eu tenha esperado tanto tempo tempo pra conhecer a história de quase 90 anos pra que ela viesse com a magnitude que o cin
ema conseguiu.

Update:
Descobri, tardiamente para esse post, mas como já imaginava, que a história original não tem muito a ver com o filme. Aliás, quase nada a ver, só "roubaram" o personagem e a idéia central, de nascer velho e morrer bebê. Isso me deu mais vontade de ler o conto que, dizem, é super engraçado, especialmente porque, ao contrário do filme, ele nasce com cabeça e pensamentos de velho. Então são duas histórias diferentes e eu preciso conhecer a outra.

13 de janeiro de 2009

Dos poderes do Rio

Viagem. Praia. É Cabo Frio. “Acho”. “Tenho quase certeza e confirmo”. Mala pronta. Carro confirmado. Roupa em excesso. Sapato em excesso. Protetor, loção pós-sol e nécessaire em excesso. Tudo essencial. Mala/bolsa vagabunda sem rodinha pra caber no carro. 5 amigas confirmadas.


“Desculpa, Cabo Frio não vai dar”. Sem desânimo. Copacabana, então. “Mas Rio é cidade grande”. Preocupação de namorado, pai, mãe, sogra. Não vou. “Mariana, você vai senão meu pai me mata por ter reservado aquele apartamento”. Vou, mas não sei se quero. Segunda saímos. Carro desconfirmado e na oficina. Segunda partimos de ônibus. Ai, vish Maria, ela tem dermatologista? Terça viajamos. Terça cedo, o mais cedo possível. Previsão: chuva, tempestade, nuvens, sol encoberto. Leva o baralho. Vou, mas não quero ir. Zero expectativas. 4 amigas confirmadas e dentro do ônibus de 6h50.


Saída, com chuva. Chegada, com mais chuva. Lembra da mala/bolsa vagabunda sem rodinha? Lembra da chuva? Sabe o porta-malas do ônibus? Então, não combinam. Mala pesada com roupa molhada. Cidade triste sem sol. Táxi caro de-mais! Frescão pro apartamento.


Moleza. Cansaço. Dor de cabeça. Chuva. Chuva. Vamos pro shopping. Onde pega ônibus? “Em qualquer esquina”. Que interessante. Não, não é. 40 minutos pra Barra. A coisa começa a mudar.


Tanta coisa dando errado que ninguém mais esperava (tudo bem, a Laila sempre espera) que essa pudesse ser uma das melhores viagens da vida. E não é que foi? Mesmo com chuva, não tem como fingir que não se vê a beleza do Rio. Dessa vez me apaixonei pela cidade e até eu (eu!) queria morar lá e ser feliz pra sempre. Mas que chuva? Chuva de verão, que vara a madrugada, mas cede para o sol pela manhã. Peripécias loucas, queimaduras de não-sei-quantos graus, caminhadas no meio da noite e metrôs errados à parte, a energia era boa como poucas vezes se sentiu. Sem precisar de nada, só da “brisa fresca” que eu tanto gosto e das companhias que eu tanto amo. E só. “Um dia divino”. Três dias divinos. Só pode, mesmo. O que houver de melhor nesse mundo tava lá (apesar de faltarem algumas pessoas que tinham que estar). Amigas, praia, sol, água de coco, cerveja, comidinhas, risadas (muuuitas risadas), confissões, amigos, abraços, conversas sérias, conversas ridículas, cuidados de spa, guri, beijinhos e beijões, vento, Caladryl, banho frio, horizonte, divagações, nada xexelento. A vontade de nunca sair dali. De ficar em cada lugar mais um pouquinho. E de voltar, que isso a gente vai. Se vai!